Pax

quarta-feira, 18 de agosto de 2021

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E não é que adotei um cachorro. O Pax. De 11 meses de idade, um filhotão que me lembra uma raposa. Daí o nome, homônimo do livro Pax, que é sobre a vida de uma raposa macho. Um livro lindo em vários sentidos.
Pax é também paz, em latim. Outro ponto que me fez escolher o nome. Meu novo filhote é pacífico e carinhoso. Seguimos com Pax e com seu irmão mais velho de quase 17 anos, o Marmelo. Um tão sênior e já quieto, o outro bebê e agitado. Pax veio como uma injeção de ânimo bagunçada para nos fazer pensar mais, sair da zona de conforto, andar mais, dar mais amor.
 
É. Foi daquelas coisas inexplicáveis, repentinas e muito bem vindas. Eu sou dessas pessoas que gostam de estar no controle da vida, mas tenho exercitado uma rotina flutuante, uma vida sem tanto controle. E aí quando você decide flutuar mais, o chão falta e aparecem mais desafios, como que para testar a ideia toda. Tem sido assim.

Parênteses - falando em flutuante, me lembrei do livro Espumas flutuantes, de Castro Alves, com poemas escritos durante o período do Romantismo brasileiro, tratando principalmente sobre a Escravidão no Brasil. As espumas flutuantes do mar, que carregava os navios negreiros.

Seguem imagens de Pax e Marmelo.
 
Seguimos. 





Onde

quinta-feira, 5 de agosto de 2021

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Por onde estive eu, que não aqui?

Estive do outro lado do oceano. E voltei. Ir foi difícil, voltar foi muito mais. Estive do lado do gestar e da dor mais doída desse mundo que é parir, virei do avesso ao me tornar mãe, e do avesso não voltei - parte não quis, parte não consegui. Só (me) transformei. Estive no início e estou no meio de uma pandemia que me afastou de tanto na vida, de tanta gente e de mim, também.

Todas as palavras escritas por mim antes ainda fazem sentido e pertenço à elas. Mas eu sou um pedaço bem diferente do que eu era. Tão outra.

Escrever, no entanto, não importando a senóide da vida e o pulsar do Universo, continua sendo meu norte. Escrever fica escondido na alma, mas quando eu decido olhar pra ela de frente, quando consigo, ela me ri e me fala, despretensiosa: "Escreva. Qualquer coisa. Só escreva."

E, de novo, olha eu aqui. Eu já bem outra, mas ainda eu.

Vamos.